Câmara devolve R$ 2,7 milhões à Prefeitura de Passos
Dinheiro gerado pela economia do Legislativo será convertido em repasses para o Hospital do Câncer, vale-gás, construção de uma nova fábrica de bloquetes e compras de veículos para secretarias municipais, além da manutenção de outros programas. Em entrevista, o prefeito negou que vá baixar novo decreto após as festas de fim de ano
Texto e fotos: Lívia Ferreira
A Câmara Municipal devolveu à Prefeitura de Passos R$ 2,7 milhões . O valor é resultado das sobras do duodécimo, que é o repasse mensal enviado pelo Executivo ao Legislativo passense. De acordo com o presidente da Casa, vereador Alex Bueno, este é o maior valor devolvido à prefeitura na história do legislativo passense.
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Caixa livre
Ao longo do ano foram devolvidos aos cofres da prefeitura R$ 800 mil. O dinheiro vai para o chamado Caixa 100, e o Executivo tem liberdade de aplicação dos recursos. Ontem, acompanhado dos vereadores João Serapião, Michael Silveira Reis e Maurício da Cemig, o presidente da Câmara entregou ao prefeito Diego Oliveira, no gabinete do Executivo, um cheque de R$ 1,9 milhão, totalizando R$ 2,7 milhões em devoluções. “Um dinheiro do povo, que volta para o povo”, ressaltou Alex.
Destino de R$ 800 mil
Parte das sobras recebidas ao longo de 2021 custeou o programa Juros Zero, despesas com leitos de UTI para tratamento da Covid na Santa Casa de Passos e repasses a entidades assistenciais.
Para onde irá R$ 1,9 milhão
Entre as prioridades do R$ 1,9 milhão devolvido ontem estão o repasse de R$ 200 mil ao Hospital Regional de Câncer de Passos para a compra de medicamentos e materiais; custeio do vale-gás, que em 2022 vai destinar R$ 130 mensais para famílias em situação de vulnerabilidade social; compras de veículos para secretarias municipais e a construção de uma nova fábrica de bloquetes.
Antiga
“A máquina que temos está antiga, obsoleta e gasta muita energia. Não tem sustentabilidade”, argumentou Diego. O prefeito lembrou que, além do reparo de vias danificadas, a prioridade é instalar bloquetes nas ruas da Vila São José, que tem fluxo intenso em razão da quantidade de chácaras.
Fogos de artifício
Pouco antes do início da solenidade de entrega do dinheiro, Diego comentou que a lei sancionada por ele proibindo o uso de fogos de artifício com estampidos só começa a vigorar efetivamente em março de 2022 – ou seja, 90 dias após a sanção. E que a proibição só valerá para eventos oficiais ou privados de grande porte, como em clubes, por exemplo. “Não tem como fiscalizar uma casa. Vai da consciência de cada um.”
Sem decreto
Diego afastou a hipótese de baixar novo decreto com restrições após as festas de fim de ano. Passos já tem registros da variante Ômicron e há poucos dias, após realização de um evento, dezenas de participantes testaram positivo para a Covid. Embora muito mais transmissível, a Ômicron provoca sintomas leves se comparados aos causados por outras cepas da doença. Até o momento foram registradas no mundo apenas duas mortes de contaminados por esta variante. “O que pode me levar a baixar outros decretos é o aumento no índice de internações”, explicou.