O novo ao vivo une arte e solidariedade
Lives já arrecadaram milhões de reais destinados a pessoas impactadas pela pandemia. A Banda Saudade da Zona é uma das que abraçou a causa
Texto: Pedro Freitas
Edição: Lívia Ferreira
Imagem: Divulgação
O mundo passa por um desafio jamais imaginado. Não poder sair de casa, deixar de ir a um show, cancelar o cinema – foi tudo repentino e ocorreu ao mesmo tempo. O culpado? Coronavírus, um inimigo invisível que, só no Brasil, já ceifou mais de 311 mil vidas.
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Alternativas
Mas o ser humano tem a incrível capacidade de se adaptar a mudanças. Neste processo, a cultura e a arte foram fundamentais para amenizar a angústia e trazer pílulas de felicidade em um mundo estranho. Lives e cinema drive-in foram duas destas alternativas.
Passos
Em Passos os artistas locais logo se adaptaram a esta realidade. É o caso da banda Saudade da Zona, dos irmãos Lupen e Luimar Freitas. “Os shows antes da pandemia eram sempre muito animados, com muitas pessoas dançando, cantando, se abraçando e felizes”, se recorda Lupen. Segundo o cantor, embora não consigam captar a mesma energia dos shows presenciais, as lives caíram no gosto no público e se tornaram um meio eficiente de difusão cultural.
Solidariedade
E não é só diversão. Live também virou sinônimo de solidariedade. Levantamento divulgado ano passado pela Associação Brasileira de Captação de Recursos (ABCR) mostrou que, entre março e junho de 2020, as 120 maiores apresentações virtuais do Brasil arrecadaram R$ 17,6 milhões destinados a pessoas impactadas pela pandemia.
Fim das lives?
Lupen aposta que as lives tendem a diminuir com o tão esperado fim da pandemia. Mas não acabam de vez. “Nada substitui a energia do show ao vivo. Uma ou outra live acontecerá, mas cremos que em datas festivas.”
Por enquanto é o que se tem: conectar-se com o público por meio de uma tela. E vale a pena fazer bem feito para levar um pouco mais de alegria a quem está ansioso ou triste com o confinamento compulsório. Como diz a música dos Racionais; “tenha fé, porque até no lixão nasce flor”. Vai passar.
Você sabia?
Formada no dia 7 de março de 2009, a banda Saudade da Zona leva esse nome por conta de um bordão criado por Lupen. Durante as músicas sertanejas (“modão”) tocadas em festas de família, Lupen gritava, brincado: “Aô saudade da zona”.