Confiança do brasileiro registra melhor resultado desde começo da pandemia
Em uma escala de 0 a 200, pesquisa registrou 91 pontos em abril, seguindo a tendência de crescimento que começou em maio do ano passado
Da Redação – Foto: Karolina Grabowska/Pexels
O Índice de Confiança do Consumidor Brasileiro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), atingiu seu melhor resultado desde o início da pandemia. Em uma escala de 0 a 200, a pesquisa, elaborada pela Pinion, registrou 91 pontos em abril, seguindo a tendência de crescimento que começou em maio do ano passado.
Exceções
Apesar disso, o indicador permanece no campo pessimista, que revela um consumidor ainda bastante cauteloso na hora de ir às compras. As exceções ficam por conta das regiões Norte (102) e Centro-Oeste (103). Isso se explica por estarem inseridos dentro de territórios agrícolas e que se beneficiam também dos bons preços dos grãos no mercado internacional.
“São regiões agrícolas que já começam a colher boas safras e, consequentemente, passam a oferecer opções de alimentos com preços mais justos ao mercado local, além de ofertas de trabalho”, disse Marcel Solimeo, economista da ACSP.
Futuro melhor
Apesar da instabilidade econômica pela qual atravessa o Brasil, provocada pelo crescimento da curva inflacionária e da consequente alta de juros, o crescimento da confiança se deve, principalmente, à expectativa de um futuro melhor.
A população já vê que o aumento da mobilidade urbana nas cidades e a injeção de recursos extras na renda das famílias mais carentes, como, por exemplo, o Auxílio Brasil e a antecipação do FGTS, trazem esperanças para as famílias. “São fatores que dão ânimo ao brasileiro que perdeu muito poder de compra por causa do aumento da inflação e do endividamento da população”, afirma Solimeo. “Há ainda o reaquecimento de setores como os de serviços, principalmente, bares, restaurantes e o turístico”, complementou.
Perspectivas
O Índice mostra que existe ainda hoje uma percepção negativa das famílias em relação às situações financeiras. Do total de entrevistados, 45% acham que a vida está ruim neste aspecto. Sobre a perspectiva de manutenção dos empregos atuais, 32% ainda dizem não se sentirem seguros no cargo.
A percepção negativa em relação à situação financeira mantém menor disposição do consumidor em adquirir itens de maior valor, como carro e casa e bens duráveis, como geladeira. No total, 38% dos brasileiros não se sentem confiantes para investirem em um fogão, por exemplo.
Os pesquisadores ouviram 1676 pessoas em todas as regiões do Brasil. A margem de erro deste estudo é de 4% para mais ou para menos.
Acesse a pesquisa completa aqui.
As informações são da Assessoria de Imprensa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)