Cidades

Chuvas acima da média atrasam reparos em municípios da região

Prefeitos devem se reunir nos próximos dias para avaliar os prejuízos causados pelo volume excessivo de água. Defesa Civil poderá ser acionada

Da Redação* 

*Matéria atualizada ás 18h20min do dia 24/03 para inclusão de novas informações

Prefeitos que integram a Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (AMEG) devem se reunir nos próximos dias para avaliar o impacto que as fortes chuvas têm causado nas áreas urbanas e rurais: grandes atoleiros, galerias pluviais destruídas, queda de pontes, barreiras, alagamentos e interdições de ruas são alguns dos transtornos enfrentados pela população.
Não está descartada a possibilidade de declarar situação de emergência na região e acionamento da Defesa Civil Estadual com intuito de obter recursos para ajudar na manutenção das estradas e demais infraestruturas afetadas pelas chuvas.

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Acima da média
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o índice pluviométrico registrado nos últimos 90 dias variou de 800mm a 1000mm na região, sendo que a média anual na última década foi de 1.250mm. “O mais difícil é que, para iniciar os reparos, precisamos de tempo firme por alguns dias e isso não está acontecendo”, afirmou Diego Oliveira, prefeito de Passos e presidente da AMEG. Em Passos, uma enorme cratera permanece aberta na Avenida das Nações (foto acima). Mesmo com a licitação concluída, a prefeitura precisou aguardar até a última quinta-feira (23/04), quando a chuva deu uma trégua, para iniciar as obras.

Chuvas desta semana danificaram a Av. dos Expedicionários, em Passos (foto: Ascom/PMP)

Pluviômetro
Com exceção de Passos e São Sebastião do Paraíso, a maioria dos municípios não possui pluviômetros conectados com o INMET, o que permitiria informações mais precisas sobre o clima e precipitações. Mas é fato notório o volume de chuvas está acima da média – tanto que, após 11 anos, os reservatórios de Furnas e Peixoto estão operando quase na capacidade máxima. Por conta disto, os vertedouros de água estão abertos desde o dia 13 de janeiro.

Danificadas, estradas rurais estão dificultando o escoamento da produção e o deslocamento de trabalhadores e alunos (foto: Ascom/Ameg)

 

Comparativo
De acordo com dados do INMET, a média de chuva anual na região da AMEG varia de 1.100mm a 1.500mm, com picos de chuva entre os meses de novembro e março. Nos últimos anos, a região passou por períodos de estiagem, com índices abaixo da média histórica.
Para efeito de comparação, a média de chuva registrada nos municípios que integram a AMEG entre os anos de 2011 a 2021 foi a seguinte:
⛈️ Alpinópolis: 1.217mm
⛈️ Capetinga: 1.330mm
⛈️ Capitólio: 1.488mm
⛈️ Carmo do Rio Claro: 1.339mm
⛈️ Cássia: 1.299mm
⛈️ Claraval: 1.147mm
⛈️ Delfinópolis: 1.397mm
⛈️ Doresópolis: 1368mm
⛈️ Fortaleza de Minas: 1.342mm
⛈️ Guapé: 1.489mm
⛈️ Ibiraci: 1.279mm
⛈️ Itaú de Minas: 1.397mm
⛈️ Passos: 1.307mm
⛈️ Pimenta: 1.284mm
⛈️ Piumhi: 1.410mm
⛈️ Pratápolis: 1.286mm
⛈️ São João Batista do Glória: 1.470mm
⛈️ São José da Barra: 1.472mm
⛈️ São Roque de Minas: 1.429mm
⛈️ São Sebastião do Paraíso: 1.389mm
⛈️ São Tomás de Aquino: 1.303mm
⛈️ Vargem Bonita: 1.318mm

Com esses dados, é possível perceber que a média de chuva dos últimos 90 dias está próxima da quantidade anual em todos os municípios.

Sinalizações com pneus estão sendo improvisadas para evitar acidentes (foto: Ascom/ Ameg)

 

Com informações da Assessoria de Comunicação da Ameg

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