Com o aumento da dengue em Passos, cresceu a procura pelo produto. Saiba quando evitar usar e como escolher o tipo mais adequado para os pequenos
Texto e foto: Lívia Ferreira
Os números da dengue em Passos, com pouco mais de 115 mil habitantes*, superam os de Belo Horizonte*, que tem mais de 2,5 milhões de moradores*. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, em janeiro e fevereiro de 2023, 2.686 passenses tiveram a doença. Já na capital do Estado, foram 1.941 notificações.
Repelentes
O surto da doença em Passos tem provocado uma corrida de pais às farmácias e clínicas dermatológicas em busca de repelentes para proteger os filhos.
A convite do prefeito Diego Oliveira (foto), a médica dermatologista Ive Piassi (foto) concedeu entrevista coletiva na última sexta-feira alertando sobre quando evitar e como escolher o repelente adequado para as crianças. Confira o resumo a seguir:
• O uso indiscriminado de repelentes pode provocar dermatites em crianças. Não aplique o produto em bebês até os seis meses de idade. Nesta fase a pele da criança ainda está imatura, o que pode provocar intoxicações e alergias. Para proteger os bebês, use mosqueteiros, roupas de manga e, se possível, feche o ambiente nos horários em que houver maior quantidade de mosquitos;
• O repelente está liberado entre seis meses e dois anos, desde que o produto seja indicado para esta faixa estaria;
• Não instale repelentes de tomada próximo a berço ou cama onde a criança dorme;
• Antes de aplicar o repelente, faça o teste para ter a segurança de que ele não vai provocar alergias: passe uma pequena porção do produto na parte interna do antebraço da criança e aguarde de quatro a seis horas;
• Se for fazer uso de protetor solar, aplique-o primeiro, aguarde 15 minutos e só depois espalhe o repelente;
• O repelente deve ser aplicado diretamente na roupa quando esta for justa e de tecido fino;
• Os efeitos de alguns repelentes duram até 10h. Mesmo quando a duração é menor, o número máximo de aplicações não deve ser superior a 3 vezes ao dia;
• Evite aplicar o repelente ao redor da boca e olhos e sobre ferimentos;
• Existem repelentes específicos para gestantes;
• Assim como outras doenças virais, a dengue também pode causar queda de cabelos. Quanto mais cedo esta sequela for tratada por um especialista, menores os riscos de o problema se acentuar.
• Pessoas que estão com exantema ou petéquia – sintomas dermatológicos da dengue – não devem se expor ao sol;
• Por falar em sol, a dermatologista faz um alerta. O sol da manhã (até as 10h) e da tarde (a partir das 15h) causa envelhecimento da pele. Já o sol das 10h às 15h, que favorece e síntese de vitamina D, potencializa o aparecimento de doenças dermatológicas, entre elas, o câncer de pele. A dica de Ive é só se expor ao sol com filtro solar, aferir periodicamente o índice de vitamina D no organismo e, em caso de déficit, fazer a suplementação oral – que deve ser prescrita por um profissional habilitado.
*Dados do IBGE
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